Programação Geral

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Cinara Nahra — Abertura

Título: “O ChatGPT sabe mais sobre Kant que os alunos de filosofia?”

Resumo: A conferência de abertura aborda os desafios do ensino e da aprendizagem filosófica em tempos de inteligência artificial, discutindo o papel da tecnologia no pensamento crítico.

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Gisele Secco (UFSM) e Frank Sautter (UFSM)

Título: “Gisele Secco (UFSM) apresenta “Lógica, sua história e seu ensino com mulheres” e Frank Sautter (UFSM) fala sobre “Apologia da informação semântica””

Resumo: Diálogo sobre filosofia analítica, lógica e ciência contemporânea, destacando as novas fronteiras epistemológicas na era digital.

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Arthur Faraco e Raque Patrota (UFRN)

Tema: “Arte em tempos de IA: desafios e possibilidades”

Resumo: A palestra explora a relação entre criatividade humana e inteligência artificial, refletindo sobre estética, autoria e autonomia técnica.

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Federico Bocaccini (UFRN)

Tema: “Verdade, informação e inteligência artificial: homenagem a John Searle”

Resumo: A obra de John Searle (1932–2025) ocupa um lugar singular na filosofia contemporânea ao articular, de modo original, uma teoria da intencionalidade, da linguagem e da verdade que visa restabelecer o vínculo entre mente e mundo. Searle herda da tradição fenomenológica e analítica a convicção de que a consciência é intrinsecamente intencional, isto é, sempre dirigida a algo, e que essa estrutura fornece o fundamento para compreender a natureza dos atos de fala e das práticas sociais em geral. Ao desenvolver sua teoria dos atos de fala, Searle mostra que a significação não é uma simples convenção, mas uma forma de ação que pressupõe condições de sucesso e de sinceridade enraizadas no mundo. A verdade, nesse contexto, não é uma entidade platônica nem uma mera construção linguística: ela emerge da relação entre o conteúdo proposicional de um ato de fala e o estado de coisas que esse ato visa representar. Assim, a correspondência entre linguagem e mundo é sempre mediada por intenções coletivas e regras constitutivas, que tornam possível a objetividade social sem dissolvê-la em subjetivismo. A palestra propõe uma leitura sistemática dessa posição intermediária entre o realismo ontológico e o construtivismo social, mostrando como Searle redefine a noção de verdade em termos de intencionalidade coletiva e de instituições linguísticas. Essa abordagem permite compreender a diferença entre fatos brutos e fatos institucionais, e ilumina o debate contemporâneo sobre a inteligência artificial: uma máquina pode simular intenções, mas não pode tê-las; pode produzir informações, mas não reconhecer sua verdade. Em homenagem a Searle, defende-se que a verdade continua a ser uma categoria ontologicamente independente da mente, mas epistemicamente acessível apenas através das práticas intencionais e linguísticas que nos inserem no mundo comum. Entre o platonismo e o relativismo, Searle oferece uma via naturalista que conserva a objetividade da verdade sem romper com a finitude da mente.

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Fernanda Cardoso Santos (UFRN)

Título:“Expor, cancelar e punir: o ideal de uma vida sem erros nas redes sociais”

Resumo: Conferência dedicada a discutir as relações entre linguagem, gênero e filosofia, com foco na produção de pensamento crítico e inclusivo.